23 de set. de 2011

JAC pode suspender abertura de fábrica no Brasil, segundo jornal

Unidade brasileira tinha investimento previsto de US$ 600 milhões e poderia produzir 100 mil carros por ano.

 

A montadora chinesa JAC Motors congelou a abertura de fábrica no Brasil e considera que o aumento da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) fere as diretrizes da Organização Mundial do Comércio (OMC), diz reportagem do jornal Folha de S.Paulo nesta sexta-feira. De acordo com o texto, o investimento previsto era de US$ 600 milhões para produzir 100 mil veículos por ano.
Segundo uma resposta por escrito da JAC à Folha, a política do governo brasileiro em aumentar o IPI é "descontínua, irracional e parcial". Para a empresa, O Brasil abalou a confiança das empresas chinesas no país, uma vez que a montadora foi a que mais vendeu carros neste ano, cerca de 14,5 mil.
No mês de agosto, a JAC Motors anunciou uma nova fábrica prevista para 2014. De acordo com a companhia, seriam gerados 3.500 empregos diretos e mais 10 mil indiretos.
A JAC afirmou que o impacto no imposto visa a acabar com a concorrência justa e que não há subsídios para os carros chineses no Brasil.
Aumento do IPI sobre importados
No dia 16 de setembro, o governo publicou um decreto no Diário Oficial aumentando o IPI para carros importados, o que pode alterar em até 28% o preço final de carros feitos fora do Brasil. Pelos termos, as medidas beneficiam montadoras que chegaram há mais tempo ao Brasil e que estabeleceram estruturas produtivas, como é o caso de Volkswagen, Fiat, General Motors e Ford.
As regras afetam principalmente as montadoras asiáticas JAC, Chery e Kia.
A assessoria de imprensa da JAC Motors, em contato com a QUATRO RODAS, afirmou que ainda não há decisão oficial da matriz na China e que, no momento, a marca ainda está em negociação com o governo brasileiro.

 

“4Rodas”

28 de abr. de 2011

Ford lança a Nova linha Cargo

 

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Os caminhões ganharam novas cabines, inclusive a leito e transmissão sincronizada. Participaram do desenvolvimento a engenharia do Brasil, Estados Unidos e Turquia 
Por: Edison Ragassi
Fotos: Divulgação
Lançada em 1985, a linha Cargo da Ford Caminhões recebeu modificações. A partir de maio, eles serão vendidos como modelos 2012. A apresentação para a imprensa especializada aconteceu em Fortaleza, no último dia 22 de março.
A linha é composta por 11modelos, dos quais cinco tem a opção de cabine-leito, segmento que a fabricante não atuava. Na faixa de 13 a 31 toneladas de peso bruto total, e com capacidade máxima de tração de até 63 toneladas, o caminhão é um projeto global que foi desenvolvido nos estúdios de design e centro de engenharia de Camaçari, (BA), São Bernardo do Campo e Tatuí, em São Paulo. Eles receberam suporte das unidades dos Estados Unidos e Europa.

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A sua concepção teve como base as pesquisas e os testes realizados na América do Sul, o que resultou em um produto apto para diferentes mercados. A nova linha é formada pelos modelos Cargo 1317, Cargo 1517, Cargo 1717, Cargo 2622, Cargo 2628 e Cargo 3132, com cabine-regular. E o Cargo 1722, Cargo 2422, Cargo 2428, Cargo 1932R e Cargo 1932, com cabine-regular ou cabine-leito.
A denominada linguagem Kinetic Design, usada nos veículos de passeio, foi utilizada no visual dos caminhões. São linhas limpas e o desenho busca dar uma sensação de movimento ao veículo, mesmo com ele parado.
Os modelos são equipados com motores Cummins de 4 e 6 cilindros, as transmissões são novas. Fornecidas pela Eaton são das famílias FS, de seis marchas com primeira sincronizada e FTS, com 13 marchas, totalmente sincronizadas. Todos os modelos trazem ainda embreagem mais robusta e durável e novo acionamento da transmissão por cabo.

O eixo traseiro 6×4, da Arvin Meritor, tem carcaça robusta e é de alta durabilidade. A suspensão dianteira é calibrada para oferecer maior conforto, junto com a nova suspensão da cabine. Segundo divulgado pela fabricante, os custos de manutenção da Nova Linha Cargo permanecem iguais aos dos modelos anteriores. A cesta básica de peças apurada pela Ford é composta por 71 itens e tem custo de R$ 65.0000. Já a da Cesvi, composta por 10 itens custa R$ 9.000. A cabine da versão anterior tem custo de R$16.000 e a nova, apesar das modificações, sai por R$18.000. A recém-lançada cabine leito custa R$ 22.000. Com este lançamento, a Ford espera aumentar sua participação de 23,3%, para 25% no Brasil.